O trabalho autogestionário na economia solidária: afinal, o que recuperam e o que transformam as empresas recuperadas?
Resumo:
O avanço de iniciativas denominadas de Economia Solidária no Brasil revela o crescimento de um movimento social complexo e contraditório, que vem conquistando novos espaços na sociedade. As empresas recuperadas representam um capítulo à parte nesse cenário, dadas as particularidades de suas histórias, organização interna e atores sociais envolvidos. Tais iniciativas surgem em períodos de crise econômica como formas de atenuação do desemprego. Esse artigo tem por objetivo apresentar uma revisão bibliográfica sobre empresas recuperadas, com destaque para os desafios inerentes ao trabalho autogestionário. Ele se desenvolverá a partir de três momentos: 1) caracterização das novas configurações do trabalho no mundo e no Brasil e suas repercussões na emergência do movimento solidário; 2) análise de dados de contexto sobre o desenvolvimento da Economia Solidária no Brasil; 3) reflexão sobre a experiência de trabalho autogestionário em empresas recuperadas, com ênfase nas especificidades contextuais e organizacionais desses empreendimentos.
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Ana Beatriz Trindade de Melo é Doutoranda em Ciências Sociais (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/PUC-MG)